O Pai estará on

Reflexões sobre Deus e a fé em um futuro tecnológico



Colaboração e revisão por Jéssica Verissimo

O mundo evolui constantemente em vários aspectos: tradições, culturas, costumes, políticas etc., e é inevitável que as religiões, mesmo as mais conservadoras, acompanhem essas mudanças. Até as passagens de seus respectivos livros sagrados precisam se adaptar às novas realidades que se apresentam.

Levando em conta esse cenário, podemos observar que, hoje, a maior concorrente de Deus é a tecnologia. Por exemplo: sete bilhões de pessoas juntas, rezando para um único dedo mindinho crescer, certamente fracassarão. Já uma prótese biônica, fruto da tecnologia, tem sucesso praticamente garantido e está acima da fé desses mesmos sete bilhões de religiosos, bem como da capacidade milagrosa de qualquer Deus.

Outro bom exemplo de que a tecnologia está assumindo o papel de deuses é o Google; ele tem respostas para todas as nossas perguntas, nos guia e protege e é onipresente. Ele se encaixa nos critérios que usamos para cultuar um Deus e… O cultuamos. É um Deus tecnológico que, diferente dos outros, não é associado ao místico, mas está, literalmente, presente em nossas vidas (não só nos corações).

Esse contexto de adaptações religiosas e culto à tecnologia abre um leque de conspirações para o futuro das deidades. Já pararam para pensar sobre como serão os próximos deuses? 

Particularmente, não destaco a possibilidade futura de um Deus cibernético, já que estamos cada vez mais dependentes da tecnologia e ela, por sua vez, segue marcando presença até nos nossos corpos. Pode parecer estranha essa suposição, mas imaginem como deve ter sido estranho o surgimento do monoteísmo na época do politeísmo…

Quem sabe, nessa nova fé, um novo Deus nos responderá por aplicativo? 

Os religiosos que têm pressa de salvação curtiram isso.

 

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